Uma das queridinhas de Hollywood e dos fashionistas internacionais tem DNA bem brasileiro: é filha da empresária paulista Deborah Gould (54). Dona de traços delicados, talento ímpar e personalidade forte, Camilla Belle (25) já contracenou com grandes astros como Daniel Day Lewis (54) e participou de blockbusters como Da Magia à Sedução, no qual viveu a personagem de Sandra Bullock (47) na infância. Mas, orgulho, mesmo, é de manter os pés no chão em uma indústria em que o sucesso pode ser efêmero. “Comecei
cedo, com um aninho já fazia comerciais. Cresci sob os olhos do
público, viajei e conheci muita gente, mas nunca me deslumbrei. Creio
que a maneira como fui criada e os valores de família foram primordiais
na minha formação profissional”, avalia. Com três filmes em fase de pré-produção, Camilla aproveitou a folga para vir ao Brasil a convite de CARAS. “A
família da minha mãe é de Santos, mas toda a vez que viajamos para cá
tentamos visitar um lugar diferente do país. Sempre tive vontade de
conhecer a Ilha, eu via as fotos das celebridades na revista e ficava
babando! Esse lugar é lindo, cercado de uma natureza incrível”, elogia ela, que está no elenco de Open Road, longa dirigido por Márcio Garcia (41),
ainda inédito. Moradora de Los Angeles, cidade onde nasceu, a morena
conta em bom e claro português que adora novela, brigadeiro e MPB.
Apaixonada por gastronomia, sonha em abrir um café e revela sua
especialidade na cozinha: bolo “nega maluca”. “Até quando filmei 10.000 a.C.,no meio da África, dei um jeitinho de fazer um para o elenco. Foi um sucesso!”, gaba-se, entre risos.
– O que você mais gosta de fazer no Brasil?
– A primeira coisa é comer! É obrigatório tomar sorvete, beber mate e
água de coco, me deliciar com pão de queijo e biscoito de polvilho.
Comprar biquíni também, renovo o estoque todas as vezes que venho. As
amigas também pedem bijuterias, sandálias ou qualquer coisa com estampa
do Cristo Redentor. Quando era mais nova, passava os dois meses das
férias escolares aqui; hoje é impossível ficar tanto tempo fora. Acho
que preciso arrumar uns trabalhos pelo Brasil na época do carnaval, do
réveillon... (risos)
– Como é o seu dia a dia em Los Angeles?
– Não é papo furado, juro, a minha vida é muito simples. Adoro ficar em casa com minhas cachorras, Evolet e Kiki,
e meus amigos são os mesmos da infância. Participo de uma indústria de
muito glamour, mas não se vive só de tapete vermelho. Aprendi a separar
trabalho da diversão. Se vou a uma festa é para prestigiar um amigo, um
profissional que admiro ou uma boa causa.
– Você é muito centrada, não se envolve em escândalos...
– Meus pais sempre foram muito presentes e me deram uma base muito boa.
Conversamos sobre tudo, minha mãe é também minha empresária, stylist,
produtora, melhor amiga... Não julgo ninguém porque é muito fácil se
perder no caminho, se deslumbrar.
– Gosta da fama de boa moça?
– Sim, mas ser do bem não significa ser boba. Eu tenho personalidade e
falo o que penso, mas é preciso agir com inteligência, sempre!
– Você começou muito cedo, se arrepende?
– Acho que isso me ajudou muito, talvez se começasse agora seria mais
difícil. Foi importante aprender que um “não” nem sempre é pessoal. Às
vezes, você faz um teste bacana, mas o diretor precisa de uma atriz mais
baixa, mais alta, loira, sei lá. Acredito que as coisas acontecem na
hora certa.
– Os fashionistas lhe adoram e você está sempre nas listas das bem vestidas. Qual o segredo?
– Não tem muito mistério, é se vestir de acordo com a idade e a
ocasião. Sou nova, posso arriscar e me dou essa liberdade, mas tenho bom
senso. Admiro estilistas que inovam, como Jean Paul Gaultier e
Alexander McQueen, aliás, uma pena que se foi. Mas também sei que nunca
se agrada todo mundo.
– Já treinou uma pose em casa antes de ir para um red carpet?
– Quase, mas não cheguei a tanto (risos). Sou observadora e sempre
presto atenção em mul h e r e s como Jennifer Lopez, Nicole Kidman e
Charlize Theron, que têm uma presença incrível.
– Você tem alguma mania?
– Ah, vou entregar uma que só os amigos sabem: adoro imitar sotaques!
Faço direitinho sotaque do sul dos Estados Unidos, dos ingleses e, em
português, brinco de ser carioca, paulista, mineira... Já passei trote
até na minha mãe. Ela caiu direitinho!
by revista Caras
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