terça-feira, 13 de novembro de 2012

Val Marchiori: ''Narciza Tamborindeguy disse que sou mal-educada, mas eu gosto dela''


O primeiro “hello” só saiu depois de 27 minutos de conversa. A socialite Val Marchiori, 37 anos, dispara o bordão sacudindo seus fios loiros tratados por um personal hairstylist, como se estrelasse um comercial de xampu. “Ai, hello, meu dia a dia não é assim como mostra a televisão. O programa infla bastante”, diz. Val se refere a Mulheres Ricas, da Band, reality show cuja primeira cena é protagonizada pela socialite, que pede de presente a seu marido na época uma aeronave de 33 milhões de dólares. “Não faço compras todos os dias, aliás, nem ficamos com aquele avião. É claro que gosto de almoçar e jantar em restaurantes bons, frequento boas lojas, adoro fazer compras e faço parte da realidade mostrada na atração, que é o retrato de um Brasil rico. Mas, hello, se gastasse tanto iria à falência!”, ri.
Perua assumida que fala o que pensa, Val tem se visto na pele de uma marca que até então não conhecia: vilã. Todas as outras quatro colegas de reality torcem os narizes afilados para ela no ar. Mal-educada, cachorra e até que abusaria das tacinhas de champanhe foram críticas que ouviu das outras ricas. “Narciza Tamborindeguy disse que sou mal-educada, mas eu gosto dela, é meio ‘doidinha’, né? Admiro também a Brunete Fraccaroli, que é meio sensível e me chamou de ‘cachorra’ só porque dei nota seis para o risoto dela. Agora, a Débora Rodrigues fala do meu champanhe – que não tomo todo o dia – mas bebe cerveja no bar e isso, sim, é um horror”, diz enquanto beberica Veuve Clicquot numa flûte com fios de ouro na varanda de seu apartamento nos Jardins, em São Paulo, que abriu com exclusividade para CONTIGO!.

Como Tereza Cristina

Nas ruas, Val tem sido comparada a Tereza Cristina, vilã de Fina Estampa, da Rede Globo. “Adoro! Ela é linda, rica, tem bom gosto e, como eu, não vive sem o fiel escudeiro. O meu Crô é o Dudinha (Martins, 25, seu personal cabeleireiro). Só não sou má”, diz. E completa: “Posso ser espetaculosa, exagerada, porque eu lutei e ralei para isso. Não sou herdeira nem nenhuma madame que conseguiu dinheiro ao casar com homem rico”, dispara.
Money, money, money

“Dava boa parte do dinheiro das comissões aos meus irmãos. Consegui alugar uma casa e meus irmãos voltaram a viver  comigo em Apucarana. Trouxemos de volta nossa mãe, que havia se separado e passava necessidade. Aos 17 anos, fechei um acordo com a prefeitura de Apucarana para a manutenção e fornecimento de máquinas de escrever. Aí, fiquei sócia da empresa e minhas rendas aumentaram. Também trabalhava como modelo em eventos e começou o tempo das vacas gordas. Em 1997, fundamos a Valmar, transportadora que atua no Mercosul. Antes de me casar, tínhamos 15 carretas e agenciávamos outros 500 veículos. Ganhava dinheiro e dava risada. Lembro do Reveillon de 2004, em que aluguei uma mansão na orla da Enseada, no Guarujá, levei toda a minha família, além de um chef, garçons e até um casal de  músicos. Eu ficava lá, entre a praia e a piscina, tomando champanhe, ouvindo música e com dois celulares, fechando negócios. Ganhei minha fortuna e posso gastar como quero. Sempre fui exagerada. Adoro receber meus amigos. Hoje, quero continuar trabalhando em televisão. Comecei a gostar do veículo há três anos, quando fui chamada para apresentar  um quadro do Programa Amaury Jr. Dia desses, brinquei que eu seria a nova Hebe, mas hello, né? Ela é diva. Se bem que a televisão poderia se modernizar, contratar gente nova. São sempre as mesmas caras: Gugu, Faustão... Hello! Queria ter um programa de auditório, ser uma Hebe moderna, com um sofá moderno, muita música, entrevistas, a minha cara. Quem sabe... (E sacode os cabelos)


Pausa para o amor

“Hoje, nem penso em namorar. Quero me refazer emocionalmente. A separação com o Evaldo está envolvendo processos (empresariais e pela guarda dos filhos), uma série de calúnias. A família dele no Paraná fez um jornal para me difamar e me chamar de golpista. Processei e tirei a página do ar, mas internet é difícil. Você só descobre com quem se casou na hora da separação. Só voltaria a namorar se reencontrasse o Vicenzo Misitano, que foi minha primeira paixão. Ele  é italiano e viajava o mundo negociando produtos biotecnológicos com empresas. A gente se conheceu em uma boate quando eu fazia um evento como modelo em Porto Alegre. Eu tinha 17 anos e ele, 40. Era um homem lindo! Eu já possuía muitos bens e Enzo me apresentou ao mundo do luxo e do bom gosto. Com ele, aprendi a só tomar champanhe e degustei pela primeira vez uma safra especial de Dom Pérignon. Durou quatro anos. Ele viajava muito, fiquei carente e arrumei um namoradinho em Londrina. Um dia, Enzo ligou para mim e o carinha atendeu. Foi uma pena... Já meu ex-marido, Evaldo, foi meu segundo grande amor. A gente se conhecia havia uns 12 anos e eu estava muito bem, trabalhando na minha transportadora. Em 2005, a gente se reencontrou em Florianópolis e ficou todo o fim de semana no barco dele. Evaldo disse que havia feito vasectomia, então nem me preocupei. Foi pápum e vieram os gêmeos. Sempre disse  a ele: ‘Sou linda, loira, alta, rica e você me engravidou! Você é baixinho, feio e me deu o golpe (risos)!’ Nunca nos casamos porque ele seguia um divórcio  complicado com a ex-mulher. Tive uma gravidez difícil e parei de trabalhar. Vendi minha parte da empresa a meus irmãos. Em 2009, conheci o Amaury Jr. e então comecei a trabalhar  na televisão. Vieram as brigas, porque Evaldo não queria que eu trabalhasse. Ele até ligava para o Amaury para me tirar do ar! Em novembro, depois da gravação do Mulheres Ricas, não  aguentei mais e pedi a separação. Não entendo como alguém pode impedir a felicidade da pessoa amada...”
By Revista Contigo!

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