Na garagem da casa turquesa, em Alphaville, São Paulo, duas motos e
quatro automóveis, entre eles um Corvette vermelho, avaliado em 200 mil
reais ocupam todo o espaço. A atual realidade é bem diferente da
infância sofrida de Débora Rodrigues,
43 anos, que já foi sem-terra e motorista de caminhão de boia-fria.
“Hoje eu me considero rica. Sou privilegiada, não posso pedir mais
nada”, avalia a paranaense, uma das estrelas do reality show Mulheres Ricas, da Band.
Única piloto feminina de Fórmula Truck do Brasil, Débora é sócia da equipe RM Comunicações ao lado do marido, o também piloto Renato Martins,
53. Juntos há 13 anos, eles têm quatro caminhões, que valem 800 mil
reais cada um, e que garantem a principal renda da família. “Tem gente
que diz: ela casou com um milionário. Mas é mentira, porque crescemos e
batalhamos juntos”, explica. Apesar da profissão tipicamente masculina,
Débora é vaidosa. Gosta de maquiagem, roupas e joias. E confessa que já
gastou cerca de 25 mil reais em um vestido Versace.
Naquela época, estava deslumbrada com a fama. Em 1997, foi descoberta pela Playboy e, no mesmo ano, passou a apresentar o programa Fantasia,
no SBT. “Logo depois fui assaltada com arma na cabeça, na minha antiga
casa, e revi meus valores. O que tenho hoje não é para me exibir”,
garante ela, que prefere gastar com a família. “Temos um barco de 53 pés
e adoramos velejar em Ilhabela”, completa. Só falta um helicóptero,
certo? “Na verdade, acabamos de comprar um importado, mas é para
investimento e não luxo. Vamos usar como frota”, justifica.
Val, o desafeto
O dinheiro, Débora defende, não nasce em árvore. Hoje ela diz conhecer
seu limite. “O rico que é rico mesmo tem consciência de quanto vale cada
moeda. Eu parcelo, peço desconto. As pessoas que se perdem são aquelas
que têm dinheiro fácil, ou cujo dinheiro não é dela, mas dos outros”,
opina. Diferentemente de sua colega de reality, Val Marchiori,
37, que diz não viver sem bebida importada, a piloto é enfática:
“Champanhe e roupa de marca não são sinônimos de riqueza. Ser rica é ter
educação e caráter”.
Alvo das críticas de Val por dirigir caminhão, preferir cerveja a
champanhe e ter recusado um convite da socialite para uma viagem a Angra
dos Reis, Rio de Janeiro, ela garante que as declarações da loira nunca
a abalaram. “Eu tentei ser verdadeira com ela e fazer amizade, mesmo
não concordando com seu comportamento. Achei que a Valdirene fosse
diferente da Val, mas, infelizmente, são iguais. É uma pena, ela não tem
mais jeito”, dispara.
Segundo Débora, ela e as outras participantes do reality (Narciza Tamborindeguy, 45, Brunete Fraccaroli, 48, e Lydia Sayeg,
44) tentaram aconselhar Val, mas não tiveram sucesso. “Falamos que suas
cutucadas magoam as pessoas. Ela chamou a Brunete de Barbie velha! Val
dizia para a gente que a produção a mandava falar as coisas. Pura
mentira! Se a encontrasse hoje, o máximo que iria fazer seria
cumprimentá-la, porque sou educada”, conta.
by Revista contigo!
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